quinta-feira, 24 de novembro de 2011



imagem extraída de:ocotidianoescolar.blogspot.com
Eja e a relação professor-aluno

Reflexões para um ensino melhor
 Por Aretusa
             Essa dissertação teve como base os textos: Formação de professores para Eja e o trabalhador-aluno da Eja: desafios no processo ensino-aprendizagem. O assunto que mais me chamou a atenção foi sobre o trabalhador-aluno; suas dificuldades, suas dúvidas e os conflitos enfrentados em sala de aula, relatados no texto através de entrevistas, foram comoventes e angustiantes, pois mostram uma realidade que poucos conhecem e o que é pior, poucos se preocupam.
             A realidade enfrentada pelas professoras também não é menos sofrida e deve ser abordada com cuidado, pois embora com realidades e objetivos diferentes são todos seres humanos e muitos sentimentos estão envolvidos nesse processo ensino-aprendizagem.
            Faz-se necessário e urgente uma política educacional eficaz para a educação de jovens e adultos. Há uma exigência por parte do mercado de trabalho que faz com que as pessoas voltem à escola, porém a política desenvolvida para esse tipo específico de estudante não atende às necessidades e expectativas do mesmo.
            Muitas vezes o aluno tem a noção exata do quão importante é o estudo e não o teria abandonado, não fosse a exaustiva carga horária de trabalho, a distância e muitas vezes as exigências dos seus superiores que o impedem de assistir às aulas.
Toda essa problemática apresentada em sala de aula aliada com boa dose de ineficiência pedagógica contribui para que o governo ou até mesmo o professor, pense numa prática pedagógica que abranja o cotidiano de todos para que a aprendizagem se torne significativa e estimulante, uma vez que esses alunos trazem uma bagagem de vida que não pode ser desconsiderada.
O processo de ensino-aprendizagem também há de ser pensado para melhorar a dinâmica dentro da sala de aula, já que há uma grande discrepância com relação a idades, o que afeta o tempo de aprendizagem de cada um, tempo esse que tem que ser respeitado, mas que afeta a dinâmica da aula porque quem tem mais idade exige mais a atenção do professor. Disso resulta a máxima comum entre os “mais velhos” de que os jovens não querem responsabilidade com os estudos, que estão lá somente pelo diploma ou por imposição dos pais ou do mercado de trabalho. Tudo isso tem que ser repensado porque, até os mais jovens tem objetivos concretos que pretendem ser alcançados via estudo.
É necessário pensar nas diferentes estratégias de ensino como, por exemplo, o uso do computador, das artes, não só papel e caneta que, para mãos calejadas se torna um árduo ofício até mais que juntar as letras, estratégias de respeito ao próximo também são bem-vindas, como apregoava Paulo Freire.
É no agir um com o outro, professor-aluno, aluno-aluno que faz com que o processo ensino-aprendizagem se enriqueça, pois a inconclusão de cada ser humano naquele ambiente de aprendizagem pode gerar em cada um, um sentimento de significância no sentido de que todos podem colaborar com o ensino-aprendizagem e para comprovar cito Larrosa: “Soma-se a isso o fato de que em educação somos o tempo todo aprendizes e ao mesmo tempo ensinantes de alguma coisa para alguém”.
O que fica evidente com toda essa problemática que abrange a Eja, é que muito ainda tem que ser pensado e feito para se criar uma práxis que estimule a todos na sala de aula e que as diferenças possam contribuir para a construção do conhecimento de todos.

              

Um comentário:

  1. Menina seu blog está lindo,muito colorido e contendo informações importantíssimas.Parabéns querida

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